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motorista que matou um passageiro em um ônibus de Jundiaí (SP) se apresentou à polícia e afirmou em depoimento que está arrependido do crime. Durante a confissão na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) na tarde de segunda-feira (17), Lourivaldo Messias da Silva afirmou que a vítima teria assediado duas irmãs e que atirou para tentar se defender. A TV TEM teve acesso com exclusividade às câmeras internas do veículo. (Veja o vídeo acima)

O crime aconteceu na noite de sábado (14) quando, de acordo com informações da Polícia Militar, o ônibus estava parado em um ponto do bairro Residencial Jundiaí. "Ele estava atacando as meninas. Quando fui falar para ele, que achou ruim, ele me agrediu. Peguei a bolsa, a arma e atirei", afirma o motorista, que mostrou o olho roxo - sequela da briga com o homem - em entrevista à TV TEM
Apesar de ter confessado o crime, o motorista disse que está arrependido e agiu em legítima defesa. "Não tenho intenção de tirar a vida dos outros. Eu tentei me defender porque ele rasgou a minha camisa, bateu no meu rosto, na minha cabeça, bateu com a minha cabeça no vidro, mas estou arrependido sim."
A mesma versão foi contada à polícia por uma das duas jovens defendidas pelo motorista. "Ele foi para cima. O homem levantou, deu um soco e um tapa na cara do motorista. Aí o motorista pegou a mochila, o revólver e deu um tiro nele", contou a mulher, que teve a identidade preservada, em entrevista. 
Câmera registrou movimentação
Apenas uma das quatro câmeras de segurança do ônibus em que o passageiro foi morto estava funcionando e flagrou a movimentação antes do disparo. Como o equipamento estava direcionado para a área externa, é possível ver apenas o reflexo do interior e um clarão, da bala que atingiu a vítima.
Em seguida, as duas jovens aparecem correndo pela rua e o motorista caminhando pelo local e guardando a arma.

Casos de assédio no ônibus
Em todo o ano de 2015, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) registrou dois boletins de ocorrência sobre assédio contra mulheres dentro de ônibus em Jundiaí. Apesar do baixo índice de reclamações, uma passageira afirma que a situação é frequente e que já foi vítima.
Eu estava sentada no banco mais alto que tem dentro do ônibus e um rapaz chegou, como fica na altura da cintura, do quadril da pessoa que fica em pé, ele ficou ali encostando no meu braço e não saía. Enquanto eu não troquei de lugar isso não parou", afirma. A mulher diz ainda que já presenciou outras passageiras sendo assediada.
A delegada Maria Beatriz Carvalho, titular da DDM, reforça o pedido para que as mulheres registrem boletim de ocorrência, ajudando o trabalho da polícia.
"Se não tomarmos conhecimento dessas ocorrências não poderemos tomar uma atitude contra os abusadores, eles ficarão impunes definitivamente", explica.



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